A taquicardia ventricular é um tipo de arritmia que apresenta uma frequência cardíaca elevada. Nas pessoas que possuem a doença, o ritmo ventricular é de pelo menos 120 batimentos por minuto. Geralmente, no entanto, ela apresenta batimentos acima dos 150 por minuto.
A taquicardia ventricular pode ocorrer como consequência de várias doenças cardíacas que lesam os ventrículos e que, por isso, acabam comprometendo a condução elétrica do coração. Ela também pode se manifestar em pacientes com cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, miocardite, doenças cardíacas vasculares ou em indivíduos que tenham feito uma cirurgia do coração.
Porém, a taquicardia ventricular também pode ocorrer sem associação a nenhuma outra doença cardíaca, sendo causada por medicamentos antiarrítmicos, por alterações na química do sangue (como, por exemplo, o baixo nível de potássio), além de alterações de pH (ácido-base) ou pela falta de oxigênio suficiente.
Sintomas da taquicardia ventricular
A taquicardia ventricular pode apresentar sintomas como batimento cardíaco acelerado, que pode ser sentido no peito, pulso acelerado, palpitações cardíacas, dor no peito e falta de fôlego ou mesmo pelo aumento da frequência respiratória.
Se a frequência cardíaca durante um episódio de taquicardia ventricular for muito alta ou durar mais do que alguns segundos, ela ainda pode ocasionar tonturas ou até mesmo desmaios.
A taquicardia ventricular prolongada ou sustentada (assim considerada quando o coração alcança mais de 120 batimentos por minuto, durante um período superior a 30 segundos), pode ser perigosa e exige tratamento de emergência. Neste caso a pressão arterial tende a cair e o paciente pode sofrer de insuficiência cardíaca ou até uma parada cardíaca.
A taquicardia ventricular pode não causar sintomas em algumas pessoas, porém, em outras, ela pode ser letal. Ela é uma das principais causas de mortes súbitas por motivos cardíacos. Como agravante, os sintomas podem começar e parar repentinamente.
Diagnóstico e tratamento
A taquicardia ventricular pode ser diagnosticada por meio de exames como eletrocardiograma ambulatorial contínuo, estudo eletrofisiológico intracardíaco e gravador de eventos cardíacos, entre outros.
O tratamento depende dos sintomas e do tipo de doença cardíaca. Se a taquicardia ventricular for uma situação de emergência, pode ser necessário o uso de choque elétrico no peito do paciente, por meio de um aparelho chamado desfibrilador. Lembrando que este equipamento deve ser operado por pessoas capacitadas.
Algumas medicações venosas também podem ser utilizadas para reverter as arritmias cardíacas. Este tratamento por meio de remédios é receitado quando o paciente não apresenta nenhuma instabilidade, como queda de pressão, dor no peito ou cansaço.
Pacientes que têm alta chance de apresentarem novos episódios de taquicardia podem ter a indicação médica de colocação de um aparelho denominado cardioversor desfibrilador implantável (CDI). Este aparelho é introduzido abaixo da pele no paciente, de forma semelhante a um implante de marca-passo.
Nestes casos, o médico programa o CDI para detectar quando a taquicardia ventricular está ocorrendo e, assim, administrar um choque para pará-la. O aparelho também pode ser programado para enviar uma sequência rápida de batimentos ritmados para interromper a taquicardia ventricular. Em alguns casos, é preciso que o paciente tome medicamentos antiarrítmicos para evitar o disparo do cardioversor desfibrilador implantável por repetidas vezes.
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